O nome dele era Jon Brower Minnoch.
Considerado o homem mais pesado da história registrada.
Ele nasceu em 1941, nos Estados Unidos.
Desde criança já sofria com obesidade mórbida extrema, agravada por uma condição rara chamada edema generalizado, ou seja, um acúmulo massivo de fluidos no corpo.
Estima-se que cerca de 400 kg do seu peso vinham da retenção de líquidos.
Com apenas 12 anos, ele já pesava 133 kg.
Na idade adulta, chegou a impressionantes 635 kg.
Mas essa não é apenas uma história de números.
É uma história de sofrimento, de humanidade…
E de um sistema de saúde que, por muito tempo, tratou a obesidade como simples “excesso de calorias”.
Em 1978, Minnoch foi internado com insuficiência cardíaca e falência respiratória.
Foram necessários mais de uma dúzia de bombeiros, duas macas e uma ambulância adaptada para levá-lo ao hospital.
No hospital, os médicos o colocaram em uma dieta de 1.200 calorias por dia.
E sim… ele perdeu peso. Cerca de 419 kg em 16 meses.
Mas essa abordagem focada apenas em cortar calorias não resolveu a condição crônica subjacente.
Após receber alta, Minnoch recuperou parte significativa do peso, e faleceu em 1983, aos 41 anos, devido a complicações de seu edema e da obesidade extrema.
O caso de Minnoch — com seu edema severo e a recuperação de peso, mesmo após uma intervenção calórica extrema — ilustra dolorosamente que a obesidade é muito mais do que ‘excesso de calorias’.
É importantíssimo reconhecer a influência de diversos fatores…
Como…
Metabólicos, hormonais, controle natural da fome e saciedade, a qualidade nutricional dos alimentos (que impacta o corpo de formas diferentes, independentemente das calorias) e condições médicas subjacentes…
Tratar a obesidade exige uma abordagem multifacetada, individualizada e compassiva, que vá além da simples contagem de calorias e considere o ser humano em sua totalidade.
Jon Brower Minnoch, o ser humano mais pesado do mundo. Crédito da imagem: Buyout Footage Historic Film Archive/ Youtube.com
